Expressionismo


O expressionismo se manifestou em um período de crise, e se caracteriza pelas deformações anatômicas nas representações de figuras humanas. Os sentimentos mais expressados na pintura expressionista são o medo, pavor, crise espiritual, grito, horror, apelo, protesto, etc. Uma das grandes características expressionistas é o destaque das feições humanas, deformadas por algum sentimento muito forte . O expressionismo favoreceu as particularidades étnicas, nacionais e raciais. Esse tipo de arte foge das regras tradicionais de equilíbrio da composição , da regularidade, da forma, da harmonia e das cores. Van Gogh e Edward Munch foram os grandes incentivadores desse tipo de arte. A arte expressionista foi lançada no Brasil quando Lasar Segall veio uma exposição de arte moderna em 1913. Em alguns de seus quadros já era possível notar uma tendência expressionista. Os pintores brasileiros expressionistas mais famosos são : Anita Malfatti, Cândido Portinari e Di Calvalcante.

A origem do Expressionismo

Floreceu basicamente na Alemanha (Dresden, Alemanha entre 1904 e 1905) e teve seu apogeu em 1918. Suas raízes encontram-se na pintura, artes cênicas, música e literatura, etc. A arte expressionista pretende exprimir as angústias humanas e surge motivada pelo clima de insegurança e tragédia da I Guerra. O essencial da estética foi a rejeição dos movimentos do passado, principalmente o naturalismo e o impressionismo. Os expressionistas propunham uma arte voltada para o interior do ser humano, o interior da alma em conflito com a sociedade Burguesa-Mecanicista e decadente, pelo predomínio da máquina sobre o Homem. Para retratar essa dimensão a que o Homem chegou, os expressionistas utilizaram a técnica da deformação e do grotesco. No cinema, a rejeição à representação objetiva da realidade da arte expressionista, influenciou cineastas alemães da década de 20, em filmes como O Gabinete do Dr. Caligari de Robert Wiene, Metrópolis de Fritz Lang entre outros.

Exemplos de pintores expressionistas

Vieira da Silva, portuguesa por nascimento, tem cidadania francesa e desde a década de 1930 reside em Paris; seu avô paterno foi cônsul do Brasil em Portugal e a pintora residiu em nosso país entre 1940 e 1946.

Antônio Bandeira, cearense, a partir de 1946 fixou-se em Paris e viveu o mesmo clima de inquietação cultural que em seguida ao último pós-guerra produziu as diversas tendências da arte abstrata, encerrando o predomínio da França como pólo hegemônico para a criação artística. Poucas tendências na arte do ocidente despertaram tantas controvérsias e polêmicas quanto a abstração. Surgindo como movimento de intensa expansão logo em seguida à II Guerra Mundial, colocou questões localizadas exatamente no centro da própria estrutura de comunicação humana, que também pela mesma época começava a ser objeto de análise sistematizada no plano intelectual e científico.

Nas pinturas de Maria Helena Vieira de Silva e de Antônio Bandeira temos o excepcional exemplo de artistas que entenderam com clareza e naturalidade a imposição de individualismo que a arte traz.


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