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Barroco Mineiro
No Brasil do século XVII, a adoção
do estilo barroco vincula-se certamente com o descobrimento das minas e
a consequente riqueza de algumas camadas da população. O
barroco brasileiro coincidiu com o nascimento da consciência nacional,
ao mesmo tempo que a favoreceu. Contando com o apoio dos protetores das
artes (paróquia, confrarias e associações religiosas),
tornou-se a primeira possibilidade de expressão artística
do país.
A Arquitetura Barroca no Brasil, encontrou
maior expressão em Minas Gerais, onde a tendência era equilibrar
as formas. No Nordeste, a tendência era buscar o estilo.O grande
nome do barroco brasileiro foi Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho,
cujos projetos e trabalhos de escultura e talha marcaram a época.
Foi nas cidades próximas das minas,
especialmente em Ouro Preto, que surgiu e desenvolveu o barroquismo mineiro.
Frito da religiosidade da época,transferiu aos templos parte da
riqueza gerada pelo ouro. No séc.XVII e início do séc.XIX,
a construção, a reforma e o embelezamento de igrejas deu
emprego a vários artistas e impulsionou a arte sacra.
Na Pintura Barroca Brasileira,destacaam-se
os trabalhos de Manuel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro,
em Minas Gerais, e as pinturas alegóricas de Pernambuco, onde os
temas religiosos se mesclaram a elementos profanos alusivos à invasão
holandesas e às lutas contra os ocupantes.
Os escultores do barroco brasileiro usaram
quase sempre como material de trabalho a madeira e a pedra sabão,
que estão em abundância na região mineira, criando
belíssimos púlpitos, talhas em altares-mores, pedestrais,
ninchos, pias bastimais e imagens.
Aleijadinho,escultor, entalhador e arquiteto
brasileiro. Antônio Francisco Lisboa, é o melhor representante
da arte barroca no brasil. Há críticos que o consideram o
mais importante escultor do contunente americano.Suas esculturas, são
de inúmeras imagens em pedra-sabão e madeira, distribuídas
pelas igrejas de Minas Gerais.
Seus trabalhos mais importantes são
Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão.
Como arquiteto, projetou igrejas, altares
e frontispícios. Sua obra constitui a principal atração
de mais de uma dezena de cidades mineiras.
Antônio Francisco Lisboa nasceu na
cidade de Vila Rica, atual Ouro Preto (MG), em 29 de agosto de 1730 ou
1738. Era filho do português Manuel Francisco Lisboa, um dos melhores
arquitetos da época.
O Aleijadinho sabia ler e escrever, porem
não se aprofundou em nenhuma disciplina teórica. Aprendeu
a ler , escrever e desenhar com seu pai, e influências dos escultores
e entalhadores Francisco Xavier de Brito e José Coelho de Noronha.
Alguns críticos contestam que Aleijadinho
tenha exercido o ofício de arquiteto.
A maior parte de suas talhas estão
em Ouro Preto. O primeiro conjunto, composto de doze estátuas em
tamanho natural, esculpidas em pedra-sabão, foi realizado entre
1800 e 1805.Outras esculturas famosas são a Fonte do Padre Faria
do Alto da Cruz, em Ouro Preto, primeiro trabalho do artista em pedra-sabão,
as imagens de São Simão Stock e São João da
Cruz,realizadas para a igreja da Ordem Terceira do Carmo, em Sabará.
Executou, também, as esculturas em pedra-sabão no frontispício
e na porta desta mesma igreja. Deixou outras obras de escultura e talha
nas igrejas de São Francisco de Assis da Penitência, da ordem
Terceira do Carmoe e de Nossa Senhora das Merces e outras.(todas em Ouro
Preto).
Antônio Francisco Lisboa passou a
ser conhecido como Aleijadinho, aproximadamente aos cinquenta anos de idade,
quando lhe acometeu um mal ainda não determinado com precisão:
lepra, reumatismo deformante ou tromboangiíte obliterante. A doença,
aos poucos, deformou e inutilizou o artista. Perdeu primeiro a articulação
dos pés com as pernas, tendo de ser carregado ou de se arrastar.
Depois perdeu alguns dedos das mãos. Mas não se deu por vencido.
Mandava que lhe amarrassem o martelo e o cinzel às mãos para
continuar a esculpir. Trabalhava escondido. Apenas seus dois escravos e
alguns auxiliares tinham acesso a ele.
A doença entre tanto, não
lhe restringiu a força criadora. As deformações transplantadas
para suas figuras assumem extraordinária força expanssionista.Manteve-se
ativo e quase cego até 1812. Passou os dois últimos anos
de sua vida entrevado num estrado de madeira. Morreu em 18 de novembro
de 1814, isolado e completamente esquecido por seus contemporâneos.
Foi lembrado quase meio século depois por um biógrafo. O
reconhecimento definitivo só chegou após o movimento modernista
de 1922, que se preocupou com a afirmação dos valores nacionais.
Manuel da Costa Ataíde nasceu em
1762 e morreu em 1837.
Foi considerado uma das mais importantes
figuras da pintura colonial em Minas Gerais. Trabalhou na pintura e douramento
de vários templos, durante a fase áurea do barroquismo mineiro.
Manuel da Costa Ataíde nasceu em
Mariana(M.G). Aos dezenove anos, encarregou-se da encarnação
de duas imagensde çristo para a igreja do Senhor Bom Jesus do Matosinhos,
em Congonhasdo Campo. Em 1794, em sua cidade natal, realizou o douramento
do retábulo do altar-mor da igreja de São Francisco de Assis
da Ordem Terceira da penitência, para qual pintou ainda dois painéis
no teto da sacristia.
Em 1801, Manuel da Costa Ataíde
contratou a sua mais conhecida obra, na qual trabalharia até 1812:
pintura e douramento da igreja de São Francisco de Assis da Ordem
Terceira da Penitência, em Ouro Preto.
Manuel da Costa Ataíde deixou outros
trabalhos importantes, nos tetos das capelas-mores da igreja de Santo Antônio,
em Itaverava, na igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Mariana,
e na matriz de Santo Antônio do Ribeirão, em Santa Bárbara,
todas em Minas Gerais.